quinta-feira, 3 de março de 2016

Supercomputador desenvolvido pela UFRN passa a funcionar em março


O Departamento de Engenharia da Computação e Automação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) concluiu recentemente a instalação de um supercomputador que vai servir como ferramenta de pesquisas, de todas as áreas do conhecimento, que necessitem da computação de larga escala. O supercomputador, assim como um computador de mesa, tem o mesmo propósito: fazer contas. A diferença entre eles é que a capacidade do supercomputador de realizar contas é muito maior. 

O coordenador do projeto, professor Samuel Xavier de Souza, explica que o supercomputador “vem para acelerar as pesquisas que necessitam de larga escala de computação”. A necessidade surge, pois quando um pesquisador precisa fazer uma simulação que levaria muito tempo para ser concluída em um computador comum, a interatividade com a pesquisa acaba se perdendo.

O supercomputador está instalado no Datacenter do Instituto Metrópole Digital (IMD) e faz parte do Núcleo de Computação Científica (NCC), que será inaugurado em março. O NCC aglomera a infraestrutura de computação da UFRN para que os grupos de pesquisa não precisem mais ter nenhum trabalho extra em encontrar ferramentas que sirvam para concluir suas pesquisas. 

O professor Xavier de Souza conta que pela falta de um equipamento que suprisse essa necessidade, era comum que cada núcleo de pesquisa procurasse orçamentos para a compra de computadores que realizassem as contas necessárias, mas que esses computadores acabavam ficando ociosos após o período de pesquisa. Em contrapartida, quando havia a necessidade de realizar uma conta maior, era preciso que os grupos submetessem projetos para centros de supercomputação dentro ou fora do país,  “mas as possibilidades são escassas”, ele diz.


Utilizar um supercomputador é diferente de usar um computador normal: é preciso preparar o roteiro que rode os programas. Por isso, o NCC vai disponibilizar uma estrutura de consultoria aos pesquisadores com engenheiros de computação, vai dar treinamento aos pesquisadores, vai criar manuais de utilização e vai auxiliar nas pesquisas mais complexas.

O computador é o segundo maior do Nordeste. Possui 2176 núcleos de processamento, com duas redes de interconexão entre eles e 8 terabytes de memória RAM. Isso faz com que seja possível a comunicação entre muitos dados ao mesmo tampo e a uma velocidade muito rápida. 

A compra do equipamento e a criação do Núcleo de Computação Científica (NCC) da UFRN foram financiados com recursos da UFRN e do Fundo de Infraestrutura (CT-INFRA), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Seguidores